O presidente da Comissão de Saúde da Câmara de João Monlevade, vereador Revetrie Teixeira (MDB), sugeriu aos vereadores a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) referente ao Hospital Margarida. Segundo Revetrie, é preciso fazer uma análise dos pagamentos feitos pela casa de saúde aos servidores do setor administrativo. "Tem no meu gabinete 1500 páginas de pagamentos de possíveis irregularidades, aguardando a boa vontade de vossas senhorias para sentar, analisar e junto a esse vereador, pedir uma CPI do Hospital Margarida", disse ele.
Outro ponto destacado por Revetrie é com relação ao tempo de espera para atendimento no hospital. "É inadmissível saber que um cidadão espera 7h, 8h, 12h aguardando consulta no hospital. É lamentável. O dinheiro da Prefeitura para manutenção do Pronto Socorro paga todos os médicos de plantão do hospital, inclusive os de sobreaviso. É normal pagar um neurologista R$13,5 mil/mês que nunca pisou no hospital? Vamos continuar vendo nosso cidadão batendo e voltando? É iminente a abertura de uma CPI do Hospital Margarida", disse ele, que pediu apoio dos demais membros da Comissão de Saúde da Câmara.
A partir da fala de Revetrie, Belmar Diniz (PT) se manifestou. "Sei do tanto que é importante o hospital funcionar bem e termos essa unidade nos atendendo. Ninguém aqui quer prejudicar a instituição, queremos transparência", enfatizou ele. Belmar ainda declarou que não vê um fato concreto para abrir uma CPI, por desconhecer o documento que Revetrie afirmou ter, mas pediu que a Câmara respeite e se atente às colocações do vereador. "O pouco que ele me apresentou, gerou dúvidas. Ele não está aqui para falar inverdades. Pode ser que haja explicação, e precisamos dessa explicação. Vamos convocar a administração do hospital para uma reunião interna, junto aos vereadores", declarou. Revetrie reforçou a necessidade do pedido, e deixou claro que caso não tenha apoio dos colegas, irá ao Ministério Público, em Belo Horizonte.
Hospital se manifesta
O Hospital Margarida se manifestou a partir de sua Assessoria de Comunicação. A casa de saúde enfatizou que não há nenhum motivo para tal atitude do vereador, e que o hospital está sempre aberto para fiscalizações e esclarecimentos. "Em todas as suas prestações de contas de Recursos Públicos não há, até o momento, questionamentos quanto a sua adequada utilização", reiterou a administração em nota.
Confira abaixo a nota enviada à redação do Notícia1: