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Pedidos de informações à Prefeitura geram discussão na Câmara de Barão de Cocais

Rafael Tcheba (PDT) fez dois requerimentos pedindo informações ao Executivo. João Resende (PSB) disse que ele foi motivado pelo período eleitoral

Por Redação/N1 em 09/08/2024 às 09:49:38

Foto: Cíntia Araújo/N1

Mais uma reunião ordinária da Câmara de Barão de Cocais com discussão entre vereadores de situação e oposição. E isso devido a dois requerimentos com pedidos de informações. Importante destacar que o requerimento é uma das ferramentas utilizadas pelos vereadores para pedido de informações a Poder, órgão ou autoridade competente, conforme previsto no Regimento Interno da Câmara. Na última reunião, o vereador Rafael Tcheba (PDT), apresentou dois requerimentos: um que o prefeito informe à Câmara quais regramentos foram implementados na Prefeitura neste ano para autorização de férias prêmio, considerando a legislação eleitoral, e como tal Direito vem sendo executado durante o período. O segundo também pede informações sobre quais regramentos foram implementados na Prefeitura, neste ano, para alterar a lotação de profissionais da enfermagem (esf/nasf) e técnicos de enfermagem, considerando a legislação eleitoral, e como as alterações vêm sendo executadas, considerando ainda os princípios da regionalização e da manutenção de vínculos presentes no SUS.

Segundo Rafael, os pedidos de informações foram embasados em denúncias de servidores que reclamaram sobre possível privilégio a alguns em detrimento de outros e que se trata de pedidos de informações, para que o vereador pudesse exercer a sua função básica, que é fiscalizar a Prefeitura. Contudo, houve quem se manifestasse contrário. O vereador Gláucio Magela (PMN) disse que votaria contra os dois requerimentos pois havia um acordo do início da Legislatura, de que antes de fazer requerimento, o vereador enviaria um ofício à Prefeitura. O acordo seria interno, já que não tem essa previsão no Regimento Interno. Tcheba explicou que não encaminhou ofícios pois os dele não são respondidos pelo Executivo e que já há algum tempo ele usa de requerimentos, como amparado pela legislação.

João Resende (PSB) também votou contrário aos dois pedidos de informação. Ele reconheceu a legalidade dos pedidos e que o vereador podia fazer requerimentos. No entanto, passou a acusar Rafael Tcheba, dizendo que os pedidos são devido ao período eleitoral. "Sei como funciona o período eleitoral. O vereador fica quatro anos calado. O vereador pensa no umbigo dele, na vaidade dele", disse. Especificamente sobre o segundo requerimento, Resende disse que não poderia ser contra uma melhora na saúde. Importante destacar que o requerimento pede apenas informações dos critérios usados pela Prefeitura para conceder essas melhorias. Em resposta, Rafael disse reconhecer os direitos dos trabalhadores e que tais direitos devem ser comum a todos, e não a uma parte.

O vereador Paulinho da ONG (Republicanos), defendeu o uso dos requerimentos, destacando que uma das funções dos vereadores é buscar respostas a questionamentos feitos pelos servidores. Dirigindo-se a João Resende, ele questionou: "O senhor não concorda que a função dele é buscar resposta para esses trabalhadores?". O vereador, após toda a discussão, denominou o requerimento como banal e respondeu que poderia levar Rafael até a Prefeitura. Ele ainda pediu os nomes dos servidores para olhar diretamente no Executivo.

Após as discussões, os requerimentos foram aprovados. O primeiro por seis votos favoráveis de Tcheba, Paulinho da ONG, Tico (PMN), Fabrício Preto (União), Figueiredo (PSD) e Dr.Washington (MDB). Tico votou contra o segundo requerimento. Votaram contra os dois requerimentos João Resende, Gláucio e Onézio (PSB). Adriano dos Santos se absteve das duas votações.


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