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ArcelorMittal confirma paralisação de expansão da unidade de Monlevade

Em resposta ao N1, a empresa informa que "acompanha o cenário macroeconômico e do setor siderúrgico no país, impactado pelo aumento das importações, e o crescimento da demanda por aço tem sido inferior ao previsto"

Por Redação/N1 em 18/09/2024 às 17:07:34

Foto: Cíntia Araújo/N1

A ArcelorMittal Brasil confirmou à reportagem do N1 a paralisação das obras do projeto de expansão da Unidade de Monlevade. A justificativa apresentada pela empresa é de que "frente ao cenário macroeconômico e às oportunidades de mercado, a ArcelorMittal Brasil vem revisando seu plano de investimentos e decidiu, por ora, paralisar as obras do projeto de expansão da Unidade de Monlevade. Como em todo projeto desse porte, a empresa acompanha o cenário macroeconômico e do setor siderúrgico no país, impactado pelo aumento das importações, e o crescimento da demanda por aço tem sido inferior ao previsto".

Ainda em nota, o grupo siderúrgico destaca que o Laminador 3, que integra o projeto, foi concluído e está operando desde 2022, tendo atingido, no último mês de julho, a marca de 1 milhão de toneladas produzidas desde o início da sua operação. É destacado ainda que o novo laminador duplicou a capacidade de produção de laminados da unidade e está em linha com a estratégia da empresa de ampliar a produção de produtos de alto valor agregado. Já as linhas de sinterização, alto-forno e aciaria serão paralisadas, e parte dos recursos será redirecionado para modernização da planta.

Por fim, a empresa declara que "continua a acreditar no país e reafirma a importância da Unidade de Monlevade para o negócio da empresa no Brasil e o seu papel de destaque, decorrente da produção de fio-máquina para aplicações especiais, sendo a única planta industrial no país a produzir steel cord voltado para o mercado automobilístico. A empresa reforça ainda que prossegue investindo e contribuindo para o desenvolvimento socioeconômico do município e região". Não foram respondidos os questionamentos da reportagem sobre estudo de impacto e número de demissões de funcionários diretos ou indireto, nem a rescisão contratual de empresas terceirizadas.

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