A vereadora eleita por Barão de Cocas, Graziele Bomfim (PL), afirma que será uma parceira atuante para o desenvolvimento da cidade. A fala dela foi em entrevista à reportagem do N1. De tom de voz tranquilo e firme, Graziele não esconde sua vontade em compor a Mesa Diretora da Câmara de Barão de Cocais, relatou suas principais propostas e ainda, destacou que mesmo apoiando a chapa do PL para a Prefeitura durante a campanha, ela não se intitula nem oposição e nem situação com relação o governo de Geraldo Abade (PSD) e Bruce Verdolin (PSDB). "Minha postura é de avaliar cada projeto, proposta, indicação, tanto da Prefeitura quando dos demais vereadores. O que eu interpretar como progresso para a cidade, terá meu apoio. E o contrário também", pontuou ela. Ela e Rosilene Costa (MDB) são as duas mulheres eleitas vereadoras em Barão.
Proprietária de duas papelarias na cidade, esposa, mãe e avó, Graziele é ainda professora e pastora. Eleita em sua quarta campanha, ela afirmou que quer ser um elo entre o comércio local e o Poder Público. "É muito falado sobre diversificação econômica, e fortalecer nosso comércio é uma forma de fazer isso. É importante pensar em distrito industrial e outras ações, mas é preciso incentivar também quem gera emprego na cidade", disse. Outra bandeira dela é a assistência social. Neste quesito, ela informou que atuará fortemente na fiscalização e aplicação de recursos. "Quero corrigir injustiças. A assistência social tem que ajudar quem realmente precisa. A fiscalização será constante", afirmou ela.
O estudo técnico da infraestrutura da Câmara, para analisar a capacidade de implantar serviços à população e com isso atrair o cidadão para participar mais ativamente do dia a dia do Poder Legislativo também é uma bandeira. "É preciso analisar o espaço que se tem atualmente e o quadro de servidores. A partir do estudo técnico, propor ações em conjunto com os demais vereadores para modernizar a Câmara, atrair o cidadão, promover cidadania", pontuou ela.
Mesa Diretora e propostas
Um dos assuntos que agita os bastidores polÃticos é a Mesa Diretora da Câmara Municipal, ou seja, quem será presidente, vice-presidente e secretário. Sobre isso, Graziele não esconde a vontade de fazer parte da mesa e lista sua capacidade de dialogar, ouvir e em especial, sua busca constante por conhecimento como qualidades para ocupar um dos cargos. Questionada se já conheceu todos os vereadores da próxima legislatura, ela disse que não teve contato ainda com Tico Santos (PMN), Dr. Azenclever (MDB) e Jader Zé Gotinha (PSDB). Contudo, ela reiterou que não sentiu nenhum tipo de preconceito por ser mulher, nem durante a campanha e nem em conversa com os vereadores. "Pelo contrário, as minhas propostas foram bem acolhidas. Nesta campanha tive como diferencial as redes sociais, mas o trabalho de porta em porta não foi deixado de lado".
Sobre ouvir a população, essa é uma das propostas que ela mais defende: a criação do Gabinete Itinerante, que consiste em ir aos bairros, conhecer os problemas e ouvir os moradores. Outra proposta é a criação da Procuradoria da Mulher na Câmara Municipal, espaço voltado para que as mulheres que necessitarem de orientação ou de denunciar alguma violência sofrida, possam se sentir acolhidas. "Sei que algumas propostas dependem da soma de esforços, mas é preciso apresentar e dar o primeiro passo. Quero implantar em conjunto o projeto Meu Primeiro Emprego, para inserir jovens a partir dos 16 anos no mercado de trabalho. Também em conjunto e conversa com o Governo, viabilizar a implantação do AuxÃlio Municipal Cuidador Legal, como ajuda de custo a pacientes acamados, fiscalizado inclusive por agentes dos PSFs", destacou.
Outras duas propostas têm origem em sua experiência como professora. Uma delas é a implantação de salas de integração sensorial nas escolas e ainda o programa Escola Segura, que consiste no treinamento de servidores para prestarem os primeiros socorros nas instituições de ensino.
Mensagem
Por fim, questionada se gostaria de deixar uma mensagem para a população de Barão de Cocais, Graziele Bonfim citou o professor de Literatura, Fernando Teixeira de Andrade. "Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos".