Câmara de João Monlevade discute desenvolvimento econômico e logística

A Câmara de Vereadores de João Monlevade sediará uma importante discussão com relação ao desenvolvimento econômico da cidade. Amanhã (16), às 14h, no Plenário do Legislativo, a Comissão de Participação Popular discutirá o tema, focado em logística rodoviária e criação de estações aduaneiras, também conhecidas como porto seco.

A logística no município é pauta recorrente, em especial pela classe empresarial. Por estar às margens da BR-381, uma das principais rodovias do país, o município recebe grande volume de caminhões e carretas, o que, por vezes, traz transtornos aos moradores, já que alguns veículos ficam estacionados nas avenidas e ruas da cidade. Além disso, a circulação de veículos de grande pode danificar o asfalto e calçamento das vias. Importante destacar que devido à pandemia do novo coronavírus e ainda, em respeito ao decreto municipal vigente, as reuniões da Câmara podem ser acompanhadas por até 50 pessoas dentro do Plenário.

Acessibilidade também foi pauta

A acessibilidade no município também já foi discutida durante reunião na Câmara. Os trabalhos foram conduzidos pelo presidente da Comissão, Marquinho Dornelas (PDT), e contou com as presenças dos vereadores Pastor Lieberth (DEM), Doró da Saúde (PSD) e Thiago Titó (PDT). Também participaram do encontro o chefe do Settran, José Jaime, o secretário de Obras, Eduardo bastos, a arquiteta Ingrid Morais, o presidente da Acinpode, Elias Gonçalves e a representante da CDL, Júlia Rodrigues.

O encontro foi motivado após a cidadã Dhayana Mello, ter feito o uso da tribuna popular em julho deste ano, relatando as dificuldades que os cadeirantes encontram no dia a dia na cidade. Na época, Dhayana cobrou para que tenha mais fiscalização e regulamentação das vagas de estacionamento, bem como acessibilidade ao comércio e bancos. Ela sugeriu a instalação de rampas de acesso e a adequação das calçadas.

Eduardo Bastos parabenizou os parlamentares pela iniciativa em discutir o tema. Ele enfatizou que o pedestre deve ter prioridade no trânsito, mas que, infelizmente, devido a uma herança do traçado arquitetônico das vias, já feito há mais tempo, foram priorizados os veículos.

O chefe do Settran, José Jaime, lamentou que no município não tenha um veículo taxi adaptado para deficiente físico, mesmo a licitação do serviço tendo sido feita recentemente. Ele ainda criticou o elevado número de veículos que ficam estacionados em passeios na avenida Wilson Alvarenga. Segundo ele, já solicitou tanto ao executivo quanto à Secretaria de Obras que se atentem ao Código de Trânsito Brasileiro para que sejam feitas as adaptações de acessibilidade nas vias.

O presidente da Acinpode, Elias Gonçalves, também parabenizou a Comissão pela iniciativa da reunião. Ele lembrou que o número de deficientes físicos no município soma mais de 5.300 pessoas. Ele ainda relatou que é preciso padronizar as calçadas e os estacionamentos pensando não apenas nos cadeirantes, mas também nos idosos.

Thiago Titó questionou se ainda existe a possibilidade de colocar em prática o projeto de padronização das calçadas na avenida Getúlio Vargas. Ele ainda sugeriu que seja feita uma visita há alguma cidade no Estado que sirva de modelo no sentido de acessibilidade. Eduardo Bastos informou que padronização está prevista. Segundo ele, a empresa que venceu o processo licitatório pediu o reequilíbrio de preço, já que o certame foi realizado no período de transição de governo. Ele ainda informou que após análise da equipe técnica da Administração atual, foi constatado que seria inviável o reequilíbrio no valor indicado pela empresa e que por este motivo, o processo foi cancelado.

Marquinho Dornelas solicitou aos participantes que apresentem sugestões de projetos viáveis para serem implantados no município. Um novo encontro será marcado para dar continuidade ao debate.