Clima esquenta na reunião de comissões da Câmara de Barão de Cocais

O clima esquentou na reunião das comissões da Câmara de Barão de Cocais. O vereador Flávio Figueiredo (PSD) fazia uso da palavra no momento denominado "considerações finais". Ele cobrava da Prefeitura o pagamento em dia aos prestadores de serviços de saúde. Como informado pelo portal N1, O Executivo não fez o repasse em dia ao Instituto de Cooperação Intermunicipal do Médio Piracicaba (Icismep), alegando que o atraso era devido a divergências na prestação de contas dos serviços. No entanto, isso acarretou no atraso de salários de funcionários, gerando questionamento e reclamações. Assim, Figueiredo foi categórico em destacar que independente das divergências, os funcionários que trabalharam durante todo o mês deveriam ser pagos até o quinto dia útil. A Prefeitura fez o pagamento ao Icismepi na tarde desta quarta (10).

Figueiredo destacou que a Câmara tinha conhecimento do fato e que ele, juntamente com os vereadores Paulinho da ONG (Republicanos) e Glaução do Trecho, encaminhou ofício pedindo explicações à secretaria de Saúde, para que o atraso não se repita. "O funcionário não pode ser penalizado", pediu. Flávio Figueiredo continuou a cobrar melhorias e teve sua fala interrompida pelo também vereador Fabrício Preto (União). Sem citar o artigo, ele pediu "questão de ordem" ao presidente da sessão, Rafael Tcheba (PDT), para que ele interrompesse a fala, dando a entender que para ele, o assunto abordado por Figueiredo fugia da pauta da reunião. O fato irritou Figueiredo. "O senhor (Fabrício) não é obrigado a ficar, tem total liberdade, e eu estou aqui representando o povo", esbravejou. Tcheba explicou a Fabrício que por se tratar de considerações finais, Figueiredo poderia sim abordar a questão. Em dado momento, Fabrício se levantou e saiu do plenário. Figueiredo continuou: "O nobre colega que deveria abraçar a causa, que a gente vem aqui falar das mazelas da Administração, vem pedir silêncio! Deveria correr atrás de resolver o problema, de agilizar o pagamento. Não vou em rede social, não fico fazendo vídeo, não fico cheirando porta de gabinete não. Ninguém está falando mal, só estou pedindo que não aconteça",disse Figueiredo, que finalizou: "Aqui somos representantes do povo de Barão de Cocais. Se o vereador não quer, ele pede pra sair. Pede pra cagar e sai, entrega o cargo. Muito obrigado".

Na sequência da reunião, os vereadores Tiago dos Santos (Tico - Mobiliza), Rafael Tcheba (PDT), Paulinho da ONG (Republicanos), Adriano Santos (PSB) e Glaução do Trecho concordaram com a cobrança feito por Figueiredo. Em suma, eles lembraram que o município gasta mais que o dobro do mínimo exigido por lei na área da saúde e que os funcionários não poderiam ser penalizados. Além disso, foi ventilada a possibilidade de uma reunião junto ao Executivo e até mesmo uma audiência pública para debater a questão.