APAS manifesta interesse em permanecer à frente do hospital e UPA de Barão

A Associação de Proteção e Amparo à Saúde (APAS), responsável pela administração do Hospital Waldemar das Dores e da UPA 24h em Barão de Cocais, reforçou a vontade de permanecer à frente do complexo hospitalar. O contrato de prestação de se encerra no final de maio, mas a diretoria informou que pedirá à Prefeitura a prorrogação do contrato, respeitando-se os trâmites legais.

A diretoria local recebeu a reportagem do portal N1. O diretor administrativo, José Silveira Vilanova Neto, acompanhado do gerente administrativo, Vitor Tavares Gonzaga e do gerente de assistência social, Lucas Ihan Pereira da Silva, enumerou alguns desafios superados, desde novembro, mês que a APAS assumiu a administração do complexo. Importante destacar que a saída da antiga administradora, o Instituto Mais Saúde, foi extremamente conturbada, com valores a pagar a funcionários e prestadores de serviço, como posto de gasolina e fornecedores de alimentação. O assunto foi inclusive pauta de reuniões e debate na Câmara de Vereadores.

José Silveira Neto lembrou que a transição foi feita em uma semana. Segundo ele, alguns documentos faltantes e atraso de até três meses para pagamento de fornecedores, além do clima interno devido a divergências da antiga administração com os funcionários, foram dificultadores iniciais. Contudo, ele destaca que no dia-a-dia, os desafios vem sendo superados. "Não havia um organograma e fluxo de atendimento. Fomos implantando ações simples, de baixo custo, mas de grande retorno, com foco na valorização dos funcionários", explicou ele. Ainda segundo o diretor, funcionários que já trabalhavam no local antes da APAS foram mantidos.

Outro ponto destacado por José Silveira Neto é o bom relacionamento com o poder público, seja com a Prefeitura ou com a Câmara de Vereadores. Ele destaca essa necessidade de bom diálogo e transparência para combater algumas notícias falsas, popularmente conhecidas como fake News. A mais recente foi de demissão de médicos e funcionários para a contratação de pessoal da Bahia, estado de origem da APAS. "O que ocorreu é que devido à redução de casos de dengue, vêm sendo desligado o pessoal contratado de forma temporária, por 60 dias. Como o nome já diz, a contratação foi temporária. Essa é a verdade", explicou ele.

Estrutura para atendimentos gripais

Ainda sobre a redução dos casos de dengue atendidos no Hospital Waldemar das Dores, a diretoria informou que a estrutura montada para atender pacientes com sintomas da doença será mantida, mas com outro objetivo. O Centro de Atendimento Especializado para Dengue (CAED) será adaptado para atender pacientes com síndromes gripais. "Os desafios são renovados. Vamos aproveitar essa estrutura, que deu certo, já nos antecipando ao aumento de casos de síndromes gripais", explicou ele, que agradeceu a atual gestão municipal na celeridade dos trâmites que permitiram investimento no local.

Outra medida anunciada pela APAS é a contratação de duas pessoas para contato direto com a população. Essas pessoas ficarão identificadas com um colete, com a frase "Posso Ajudar?". O objetivo é de que pacientes e acompanhantes que tenham dúvidas ou reclamações sobre o atendimento possam fazer o registro mais objetiva. Sobre o assunto, a reportagem relatou reclamações de usuários, sobre demora em transferência de pacientes, dentre outros. Sobre isso, o Vitor Gonzaga explicou que todo o processo é iniciado com a avaliação médica. "A partir daí é iniciado o processo. Quando é necessário a internação, transferências, o fluxo é feito a partir do SUS Fácil, que nos sinaliza quando há vaga nos hospitais credenciados. Nossos funcionários são orientados a acompanharem integralmente cada processo", explicou ele.

Questionado sobre o estoque de insumos e medicamentos no complexo hospitalar, José Silveira foi categórico em tranquilizar a população de que está em dia. Por fim, ele deixou claro a acessibilidade da diretoria e administração para esclarecimentos e sugestões. "É importante a transparência no trato com a saúde, já que o foco é o cidadão. Queremos mais tempo para implantar as melhorias que acreditamos que os colaboradores, o cidadão e a cidade merecem", disse.