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Caos no transporte coletivo: Enscon Viação comunica Prefeitura sobre dificuldade de manter o serviço

Aumento do preço do diesel é apontado como motivo e proprietário fala em reduzir em 25% as viagens. Prefeito, vice e vereadores analisam situação

Por Redação - Portal Notícia1 em 23/06/2022 às 17:41:34

Foto: Cíntia Araújo/Portal N1

O diretor da Enscon Viação Ltda, concessionária do transporte coletivo em João Monlevade, Eduardo Lara, anunciou que a empresa está com dificuldades em manter as atividades no município. O comunicado foi feito esta semana à Administração Municipal.

Importante destacar que este ano, os vereadores aprovaram o projeto de Lei 1.252/2022 que autorizou a abertura de crédito adicional especial e altera a redação do dispositivo da Lei 2.408 de 2021, referente à continuidade do pagamento do subsídio financeiro ao transporte público coletivo. Desta forma, a Prefeitura repassa, mensalmente à Enscon um valor mensal de mais de R$300 mil. O congelamento do preço da passagem e ainda, a continuidade da prestação do serviço de transporte coletivo foram argumentos defendidos pelos vereadores que votaram favoráveis. Contudo, um dos pontos mais questionados pelo usuário é a má qualidade do serviço prestado. O assunto é, inclusive, recorrente na Câmara de Vereadores, como ocorreu nesta quarta (22). Atrasos nas viagens, cortes abruptos de linhas de ônibus sem aviso prévio e falta de fiscalização são alguns dos pontos destacados pelos vereadores.

A empresa alegou que os constantes aumentos no preço do diesel tornam insustentáveis a manutenção dos serviços. "A alta do diesel superou o impactou financeiro sofrido pela queda no número de passageiros devido à pandemia", afirmou o diretor. Em documento, a Enscon relata que: "em 17/06/2022, a Petrobras anunciou um aumento de 14,26% no preço do diesel, 39 dias apenas após o último reajuste de 8,87%. Quando da aprovação do subsídio de R$350.000,00 em agosto de 2021 a empresa pagava R$3,74 por litro do diesel, hoje estamos pagando R$6,51, ou seja, em 10 meses houve uma alta de 73,86%".

De acordo com Eduardo, para continuar atendendo ao município, seria preciso reduzir cerca de 25% das viagens. "Nossa preocupação é não conseguirmos abastecer os veículos, porque agora a compra de diesel só é feita a vista. Se não forem definidas novas metodologias para cobrir os custos, teremos que racionar o combustível e ofertar transporte somente nos horários de pico pela manhã e início da noite, de forma semelhante ao que ocorre em BH e outras cidades, até encerrar o contrato", alegou.

A Enscon Viação atende ao município há 32 anos e o contrato com a empresa termina no dia 31 de julho de 2022. A Prefeitura, sob consultoria da Cidade Viva Engenheiros e Arquitetos Associados, já trabalha para a abertura de novo processo licitatório.

Prefeito reúne vereadores para discutirem solução

Preocupados com a declaração de Lara, o prefeito de João Monlevade, Dr. Laércio Ribeiro (PT) e o vice Fabrício Lopes (Avante) convocaram uma reunião com os vereadores para discutirem possíveis alternativas para o transporte coletivo da cidade.

Ao expor a situação, Dr. Laércio alertou que é preciso pensar no cidadão. "Temos que unir forças e trabalhar em busca de uma solução que ajude a população usuária de ônibus", ressaltou.

O vice-prefeito lembrou que a questão não é específica de João Monlevade. "Cidades de todos os cantos do país estão com dificuldades no transporte público. Belo Horizonte e Itabira também estão enfrentando esse problema", citou Fabrício.

Participaram do encontro o presidente da Câmara Municipal, Gustavo Maciel (Podemos), o líder de Governo na Câmara Belmar Diniz (PT), os vereadores Thiago Titó (PDT), Gustavo Prandini (PTB), Pastor Lieberth (União Brasil), Bruno Cabeção (Avante), Tonhão (Cidadania), Marquinho Dornelas (PDT), Fernando Linhares (União Brasil), Rael Alves (PSDB), Vanderlei Miranda (PDT) e Leles Pontes (Republicanos).



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