Eleições 2024 já pautam discussões na Câmara de Monlevade

O cenário político para as eleições de 2024 saíram dos bastidores da Câmara de João Monlevade para os microfones, durante a reunião ordinária desta quarta (8). Vereadores da base e a liderança do governo na Casa debateram sobre o prefeito dr. Laércio Ribeiro (PT), seu vice e secretário municipal de Planejamento, Fabrício Lopes (Avante). Isso porque, segundo alguns vereadores, há falta de reconhecimento por parte do Governo ao trabalho de Fabrício. Importante destacar que Fabrício não pode se candidatar a vice, pois este é seu segundo mandato nesta função. Assim, caso Dr. Laércio tente reeleição, haverá nova composição de chapa. Já Fabrício ode se candidatar a prefeito ou vereador, mas não se manifesta publicamente sobre o assunto.

O primeiro a abordar a questão foi o vereador Pastor Lieberth (União). Ele, que é da base do Governo declarou. "Não tirando o mérito do nosso prefeito (...), não sou nenhum profissional ou formado em gestão de política, mas declaro uma coisa: nada contra o PT, mas não pense o PT que eles conseguem ganhar uma eleição em João Monlevade sem o apoio de Fabrício Lopes", disse. Ainda segundo o vereador, muitas pessoas hoje podem criticar o governo, mas ele destaca que algumas coisas "estão fluindo e nós temos um representante (Fabrício) que está trabalhando, e eu vejo que está trabalhando porque eu vou lá (na Prefeitura) e o que eu vejo de vereador entrando e saindo do gabinete de onde Fabrício Lopes atua. Ele é requerido, o que é sinal que ele tem feito algo, juntamente com os vereadores".

Também em sua fala, Pastor Lieberth opinou que as conquistas do governo não podem se limitar a dr. Laércio, mas deve se estender a Fabrício Lopes. Novamente, o vereador destacou: "PT, não pense que vai ganhar eleição sem o apoio de Fabrício Lopes, não pensa que vai conseguir. Ganhou eleição porque tinha o grupo de Fabrício por trás. Então agora é hora de reconhecer e valorizar". Já sobre as visitas dos vereadores ao gabinete do vice-prefeito, Lieberth explicou que não é que o prefeito não queira atender, mas que ele é muito blindado. "Mas Fabrício está lá, de manhã, de tarde e a noite atendendo. Talvez seja muito cedo para eu falar isso, mas sou homem que fala: Fabrício Lopes tem que ser reconhecido nessa cidade, porque tem feito um trabalho juntamente com o governo. São os dois trabalhando (Laércio e Fabrício), então os dois têm que receber o mérito. E o PT não ganha em Monlevade sem o apoio de Fabrício Lopes. Deixo o desafio. Quer pagar para ver?", questionou. O presidente do Legislativo, Fernando Linhares (União) opinou que política tem que ser feito em grupo e não individualmente. "Todos nós somos fundamentais para o sucesso ou derrota de qualquer governo", declarou.

Líder se manifesta

Após a fala do Pastor Lieberth, o líder de Governo, Belmar Diniz (PT) fez questão de enfatizar que o governo reconhece o trabalho do vice-prefeito e secretário de Planejamento. Ele iniciou explicando que a aliança com Fabrício começou com interlocução dele com o empresário Elgen Machado (Machadão). Após isso, o nome de Fabrício passou pelo crivo do partido e dos filiados, que aprovaram a aliança. "Laércio é PT e tem uma defesa, um carinho, um respeito muito grande pelo Fabrício. Em todos os momentos ele faz questão de citar o vice-prefeito dele. Não sei de onde surgiu que o PT não quer o Fabrício. Eu quero e sou PT. Laércio quer e é PT. Se tem um murmurinho, alguma coisa, releva. Isso é intriga da oposição. É gente querendo desconstruir o que a gente construiu com muita força. Hoje nosso grupo é muito forte e vitorioso junto com a população de Monlevade", explicou Belmar.

Revetrie reforça fala de Lieberth

O vereador Revetrie Teixeira (MDB), cujo partido faz parte da base do Governo, reforçou as palavras de Pastor Lieberth. Revetrie é presidente da Comissão de Saúde da Câmara, e também faz muitas cobranças ao governo. "Pastor Lieberth foi muito sábio nas suas palavras. O PT foi eleito junto com nosso grupo. Levantamos a bandeira Belmar, subimos morro para pedir voto. Perdi voto por pedir voto para o PT, perdi mais do que ganhei, mas cumpri o meu compromisso, mas o PT não cumpre com o compromisso dele. É essa a nossa chateação", disse. Revetrie reclamou de alguns chefes de setores e secretários municipais e mandou um recado ao governo e ao vice-prefeito. "Fabrício, conta com a gente que seu grupo é forte. E Laércio, se precisar, a base ainda existe, basta terem respeito com a nossa pessoa".