A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) informou que segue a investigação sobre o caso envolvendo um homem de 25 anos, que foi baleado por um policial militar de 34 anos. O fato ocorreu em Barão de Cocais.
Sem dar detalhes sobre o caso, a PCMG se manifestou a partir de sua Assessoria de Imprensa. Em resposta à reportagem do N1, a corporação disse que receveu a ocorrĂȘncia por meio da 2ÂȘ Central Estadual do Plantão Digital, ocorrĂȘncia atendida e registrada pela Polícia Militar. O documento consta que na data de 30 de março deste ano, o militar foi conduzido e ouvido, na presença de seu procurador e, em seguida, liberado pois segundo a PCMG, não havia elementos que fundamentassem a ratificação da prisão em flagrante e ele segue sendo investigado. Em continuidade, a polícia alega que o militar solicitou apoio e foi providenciado o devido socorro à vítima. A perícia oficial compareceu ao local, onde foram realizados os primeiros levantamentos e a coleta de vestígios para subsidiar a investigação. O inquérito policial segue em andamento a cargo da Delegacia de Polícia Civil em Barão de Cocais visando a completa elucidação do caso.
Relembre o caso
O policial envolvido deu uma versão que é questionada pela família. Segundo o militar, no dia do fato, ele estava acompanhado de um amigo, também policial, e viu a vítima acompanhada de duas pessoas, e que os trĂȘs eram conhecidos do meio policial. Que em dado momento ele estava de costas para a rua quando a vítima chegou próximo a ele em uma moto, fez a manobra conhecida como cavalinho de pau, colocou a mão na cintura e mostrou estar armado. O militar conta que atirou em direção a moto e foi até o carro, acionar policiais que estavam de serviço. Contudo, segundo ele, teria sido cercado por pela vítima e seus colegas e um deles jogou uma lata de cerveja em suas costas, enquanto a vítima teria tentado tirar a arma do policial, que atirou e atingiu o rapaz. Ele apresentou uma testemunha para corroborar esta versão. Dias depois, o policial jĂĄ estava trabalhando nas ruas da cidade.
A família da vítima contestou a versão. À época, a reportagem conversou com a irmã da vítima. Segundo ela, testemunhas viram o policial ir em direção ao irmão dela e empurrĂĄ-lo, mandando que fosse embora e durante a ação, o militar empurrou a vítima pela segunda vez e atirou. A família conta que o tirou perfurou a mão da vítima e atingiu a barriga do rapaz e ele caiu ferido, mas consciente. Ela disse que o resgate foi acionado e nesse meio tempo, dois policiais militares chegaram ao local. Eles colocaram a vítima dentro da viatura e levaram ao hospital local. Devido à gravidade do ferimento, a vítima foi transferida para Itabira, onde passou por cirurgia no abdômen. A família questiona, dentre outras coisas, o por que no boletim de ocorrĂȘncia da PM, o fato constar como lesão corporal.