Na complexa investigação, iniciada em agosto de 2023, a PolĂcia Civil (por meio do Departamento Estadual de Combate à Corrupção e a Fraudes), o Ministério PĂșblico e a PolĂcia Militar apuraram que as ameaças foram planejadas e executadas no contexto de fóruns e grupos na internet denominados "chans", onde seus integrantes realizavam incitação à violĂȘncia, à pedofilia e à necrofilia, com postagens de imagens de estupros, assassinatos e mutilações e com grande conteĂșdo de abuso e exploração sexual infantil (pornografia infantil).
Nas fases anteriores, a força-tarefa, no cumprimento de medidas cautelares determinadas pelo Poder JudiciĂĄrio de Minas Gerais, arrecadou diversos dispositivos de informĂĄtica nas residĂȘncias de outros investigados.
A partir de diligĂȘncias cibernéticas avançadas e grande trabalho de campo, identificou parte dos usuĂĄrios integrantes do "chan" ligados às condutas investigadas e o principal lĂder do grupo criminoso, usuĂĄrio dos nicknames "Leon" e "Grow".
Essa pessoa passou a ser o principal investigado como responsĂĄvel pelos crimes cometidos contra as parlamentares mineiras e por coagir adolescentes a se automutilarem e a lhe enviarem fotos nuas.
A ação de hoje foi desencadeada pelas Forças de Segurança do Estado de Minas Gerais, após a identificação de contas de redes sociais utilizadas pelo investigado "Leon/Grow" e obtenção de sua localização, com o cumprimento da prisão preventiva e apreensão de computadores, telefones e pen drives com grande quantidade de material ligado ao caso.
O custodiado, por determinação judicial, serĂĄ recambiado para o sistema prisional de Minas Gerais, onde responderĂĄ ao processo.
O nome da operação, Di@na, vem da deusa Diana da mitologia, que é a Deusa da caça e protetora das mulheres e crianças. O @ faz referĂȘncia aos crimes cibernéticos investigados.