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Na conta de Monlevade: falta de auxílio de outros municípios no custeio do Margarida é foco em discussão

Autoridades de João Monlevade cobram de Nova Era, Bela Vista de Minas, Rio Piracicaba e São Domingos do Prata ajuda financeira ao hospital

Por Redação/N1 em 09/05/2024 às 14:02:13

Foto: Flávio Lial/Acom CMJM

Novamente, a falta de ajuda dos municípios vizinhos a João Monlevade para o custeio do Hospital Margarida, foi evidenciado em audiência pública realizada na Câmara Municipal. A Câmara sediou a discussão após aprovação de requerimento dos vereadores Revetrie Teixeira (MDB) e Belmar Diniz (PT), membros da comissão de Saúde do Legislativo, que pediam o encontro para debater a saúde pública. Além dos dois, compuseram a mesa que dirigiu os trabalhos a secretária de Saúde, Raquel Paiva Drumond e a administradora do hospital, Girlene Mendes.

A audiência foi transmitida pelo canal do YouTube da Câmara. Todos que acompanhavam tanto no plenário quanto online podiam fazer perguntas. A reportagem do N1 fez. O primeiro questionamento feito pela reportagem foi sobre a ajuda financeira das cidades vizinhas, que têm o Margarida como referência. São elas, além de Monlevade: Bela Vista de Minas, Nova Era, Rio Piracicaba e São Domingos do Prata. O assessor financeiro da casa de saúde, Ricardo Torres, esclareceu que a soma dos habitantes destas cinco cidades dá 150 mil habitantes. Há ainda a população volante, que são 20 mil pessoas de fora que trabalham nestes municípios. Assim, pode ser concluído que o Margarida é referência em atendimento para 170 mil pessoas. Além disso, o Pronto Socorro recebe uma média de pacientes mensais de 50 cidades, também devido à localização de João Monlevade às margens da rodovia BR-381. Apesar de todos esses dados, a média mensal de contribuição das cidades citadas é de R$0,50 ou R$0,75 por morador atendido no Margarida.

Ricardo ainda explicou que o hospital propôs aos municípios que cada um repassasse R$80 mil por mês, que é o custo do pagamento de um plantão médico no mês. Contudo, a negociação não avançou. "Foi uma solicitação. Não temos poder de influência ou determinação", disse. Importante frisar que em abril, a Prefeitura de João Monlevade anunciou um aporte financeiro no valor de R$1 milhão para o Hospital Margarida com o objetivo de reforçar o atendimento no Pronto Socorro do município, que funciona no hospital. Além desse valor, o Executivo monlevadense já repassa R$1,3 milhão mensais à casa de saúde.

Um dos encaminhamentos feitos na audiência é mais uma tratativa com as outras quatro cidades, para contribuírem no custeio do Hospital Margarida. Uma reunião com esse objetivo já foi agendada por duas vezes, mas somente o prefeito de João Monlevade, Dr. Láercio Ribeiro (PT) compareceu. A ideia é usar a Associação dos Municípios da Microrregião do Médio Piracicaba (Amepi) e o próprio Consórcio Intermunicipal de Saúde (Cismepi) para tal.

Ampliação

A reportagem do N1 questionou também sobre as obras que são realizadas no Hospital Margarida. Sobre isso, foi esclarecido que a Organização Mundial de Saúde (OMS) sugere que as unidades de saúde tenham de três a cinco leitos a cada 1000 habitantes. "Se calcularmos a população da microrregião de João Monlevade, deveríamos ter 450 leitos", disse Ricardo. Contudo, os hospitais Rio Piracicaba, Nova Era e São Domingos do Prata, que são de baixa complexidade, somam 90 leitos. Bela Vista não tem hospital. João Monlevade tem o Margarida com 130 leitos. "Estamos muito abaixo do que a OMS sugere. Deveríamos ter pelo menos 300 leitos".

Foi informado ainda que há dois anos, o Margarida tinha 28 leitos na clínica médica masculina e feminina SUS. Agora a casa de saúde conta com 54 leitos do tipo, mas redistribuído dentro do mesmo espaço. Assim, viu-se a necessidade de ampliação da estrutura, para abrigar, por exemplo, mais leitos de observação do Pronto Socorro, que passaram de sete para 14. Também foram ampliados leitos de soroterapia para adultos e crianças, sendo atualmente 12 e seis respectivamente.

Outras expansões são feitas com recursos privados de parceiros, como a hemodiálise, área do diagnóstico, ressonância magnética, setor de hemodinâmica. Especificamente sobre recursos públicos para a expansão, o Hospital Margarida confirmou repasse de R$2,3 milhões usados nas obras.

Planos de Saúde

Outra demanda questionada em especial pelos usuários de planos de saúde, é sobre melhoria no atendimento a esse público. Ricardo Torres explicou que a casa de saúde e a Unimed fecharam uma parceria estruturar atendimento exclusivo aos usuários de planos, mas não especificamente a Unimed. No local será disponibilizado dois consultórios e três a quatro leitos de observação.

Melhorias no atendimento

Sobre a cobrança constante por mais qualidade no atendimento aos pacientes, Ricardo Torres esclareceu que o Hospital Margarida trabalha em duas vertentes. A primeira é sobre as melhorias nos processos internos, a partir da consultoria hospitalar especializada contratada, que implica inclusive em mudanças de protocolos. O segundo ponto é ampliação de leitos.

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