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Hospital de Barão: cobrança de resultado de auditoria do Mais Saúde e prestação de contas da nova administração

Auditoria custou R$299 mil, mas vereadores não tiveram acesso ao documento. Evolução no atendimento no hospital com a nova gestão também foi destacado

Por Redação/N1 em 01/03/2024 às 12:39:23

Audiência pública na Câmara de Barão de Cocais - Foto: Cíntia Araújo/N1

Cobrança da auditoria contratada no valor de quase R$300 mil para verificar a gestão do Instituto Mais Saúde no Hospital Municipal de Barão de Cocais e os resultados da nova gestão. Esses foram alguns dos temas abordados em audiência pública realizada na Câmara de Vereadores de Barão de Cocais. A audiência ocorreu nesta quinta (29) e teve mais de cinco horas de duração.

Entre os vereadores presentes estavam o presidente do Legislativo, João Lima (PSDB), Tico Santos (PSDB), Rafael Tcheba (PSB), Adriano Santos (Patriota), Fabrício Preto (PL), Paulinho da ONG (Rede), Flávio Figueiredo (Patriota) e Washington de Rezende (Avante). A apresentação dos resultados do setor de Saúde de Barão foi coordenada pela secretária, Michela Beduschi Amaro.

Durante sua fala, Michela apresentou os valores investidos pela Prefeitura no setor, bem como as despesas. Ao abrir a fala para os vereadores, Figueiredo cobrou da secretária o relatório de uma auditoria feita por empresa terceirizada, junto ao Hospital Municipal Waldemar das Dores, quando era gerido pelo Instituto Mais Saúde e que teve uma saída turbulenta em Barão. A auditoria custou aos cofres públicos R$299 mil. A secretária explicou que teve acesso ao documento, mas devido às demandas da pasta, em especial no que diz respeito à dengue, não aprofundou no caso. Ela ainda justificou que iria se reunir com o Jurídico da Prefeitura para avaliação. Contudo, os vereadores cobraram celeridade no envio do documento à Câmara, já que a auditoria foi contratada ainda em 2022, com relatório já entregue ao Executivo ainda na gestão da ex-secretária de Saúde, Joseane Santos, que deixou a pasta em agosto. Rafael Tcheba citou até mesmo a legislação que obriga o envio do documento aos vereadores.

Ainda sobre o hospital, que é gerido atualmente pela Associação de Proteção e Amparo à Saúde (APAS), a diretoria local apresentou melhorias implantadas por eles desde o final do ano, quando assumiram a gestão da casa de saúde, com apenas uma semana de transição do serviço.

Além de melhorias estruturais, como pintura do prédio e pequenos reparos até mesmo no bloco cirúrgico, que se encontrava com janelas enferrujadas, a APAS destacou o investimento em pessoal. Além de treinamentos e ações internas de valorização do funcionário, a APAS implantou organograma de funcionamento e mudou o fornecedor de marmitex aos funcionários, o que segundo a diretoria, foi aprovado pelos funcionários. Um ponto que chamou atenção foi que a atual gestora informou que o Instituto Mais Saúde utilizava materiais de limpeza para uso doméstico ao invés de específicos para ambiente hospitalar, na assepsia dos ambientes.

Dengue

Sobre o Centro de Atendimento Especializado para Dengue (CAED), inaugurado esta semana no hospital, a direção da APAS explicou que foi feito um remanejamento de pessoal e estrutura para a instalação do serviço e que a organização, financeira e de profissionais foi possível a partir do decreto emergencial do Executivo e do aditivo financeiro ao contrato da Associação. Assim, 18 novos profissionais foram contratados, entre médicos, enfermeiros, técnicos, auxiliares e administrativos. O objetivo do CAED é reduzir a sobrecarga na UPA e conforme divulgado pela Prefeitura em suas redes sociais, 418 pacientes foram atendidos no CAED nas primeiras 48 horas de funcionamento.

Sobre o fluxo de atendimento, o paciente é atendido na recepção, passa pela classificação de risco e é direcionado para atendimento clínico e médico. Após, o paciente ou recebe alta, ou é direcionado para receber medicação. Neste caso, ele retorna ao atendimento médico para reavaliação e a partir daí ou é internado ou recebe alta. No período noturno, é orientado a abertura de fichas aos pacientes até às 17h. Após esse horário, em caso de necessidade, o paciente é direcionado à UPA.

Cobranças

Apesar dos avanços, foram feitas cobranças à nova gestão do complexo hospitalar, em especial no que diz respeito à estrutura física. Paulinho da ONG foi um dos que cobrou como reforma de banheiros, instalações mofadas, dentre outros. Sobre isso, a diretoria destacou que o contrato junto ao município é de cobertura de pequenos reparos, assim, obras maiores são de responsabilidade da Prefeitura.

O vereador Washington parabenizou a atual gestão e relembrou o período de atribulações quando da mudança de gestão, em especial devido à falta de informações claras para os funcionários. "Vamos continuar cobrando, mas já vemos que aconteceram algumas melhorias", pontuou ele. Já Rafael Tcheba disse estar satisfeito com os resultados apresentados até então e destacou que os servidores da saúde que trabalham no local avaliam positivamente a mudança de gestão do Instituto Mais Saúde para a APAS. Ainda sobre o Instituto, ele pontuou que mesmo com aumento do orçamento que a Prefeitura investia no hospital, não havia resultados por falhas na gestão. "Cada vez mais o aporte era maior e sem resultados, para manter o básico e com uma qualidade terrível", disse. Ele sugeriu que a APAS trabalhe a relação da equipe técnica com o paciente, visto que a imagem da população do hospital é negativa.

João Lima também elogiou os avanços, mas destacou que é preciso melhorar a estrutura, em especial para preservar a saúde do paciente. "É inadmissível você entrar em um hospital e o piso ser ardósia encerada. Como deixa passar isso anos e anos?", questionou ele. Ele também pediu que melhorias, ainda que paliativas, sejam feitas, em especial nos banheiros.

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